segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que é realmente necessário?

As vezes devemos nos perguntar o que é verdadeiramente necessário em nossas vidas. O que é indispensável? No que consiste aquela pequena porção que somos forçados a reconhecer como vital para manter a nossa sanidade e garantir auto-satisfação e (claro!) felicidade? Não é uma pergunta frequente, talvez porque a resposta possa ser, muitas vezes, constrangedoramente simples. Acho essencial tentar manter a harmonia em minha família, assim como garantir proximidade com meus amigos, me dedico muito a isso. No mais, importantes são as pequenas coisas que nos alegram o dia. Na minha casa tem que ter cheirinho de bolo de baunilha, tem que ter o som inconfundível (ainda que meio estridente) de criança brincando, tem que ter o colorido de desenhos cuidadosamente expostos na porta da geladeira, tem que ter uma gravata no lugar errado, um pouco de maquiagem sobre a pia do banheiro e uma meia usada saindo do sapato encostado fora do armário. São esses detalhes que me lembram que ninguém é perfeito, que minha casa não é um mostruário de móveis ou um conjunto de objetos colecionados só por sua estética. Nesta casa há gente que existe mesmo, que eu amo muito e com as quais tenho a honra e a felicidade de compartilhar a minha vida. Isso deve ser estável e sólido como é possível ser. Quanto ao resto, melhor que mude sempre, que evolua para algo totalmente novo e inesperado, pois nada é mais estimulante do que a metamorfose daquilo que nos cerca. Porque na minha casa também teve haver espaço para a criatividade e para um universo de novas possibilidades...

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